Volumen 14 - Privado: Número 42

Percepción pública de la ciencia en Iberoamérica. Evidencias y desafíos de la agenda de corto plazo


Carmelo Polino y Yurij Castelfranchi

Desde principios del nuevo siglo, el campo iberoamericano de la percepción pública de la ciencia y la tecnología creció y se diversificó en varias direcciones. En esta contribución revisamos qué aprendimos gracias al esfuerzo de cooperación regional sostenido en el tiempo. Mostramos, por una parte, que la ciencia tiene prestigio y reputación, indicios de autoridad social y cultural elevada. También exponemos que la ciencia y la tecnología tienen públicos múltiples y diferenciados, en los que se aprecian marcados efectos de estratificación social. Ponemos de manifiesto que las actitudes hacia la ciencia y la tecnología configuran un mapa rico y complejo en matices, en el que las valoraciones positivas —indicadores de autoridad cultural— coexisten con críticas moderadas. Y sostenemos que ambos aspectos son necesarios para una correcta gestión de los asuntos públicos y el desarrollo de una cultura de la ciencia en democracia. En función de estos análisis, planteamos que la agenda de corto plazo enfrenta desafíos democráticos de índole diversa. Por un lado, incluir a la población desfavorecida que no disfruta de los bienes culturales de la ciencia y tecnología, y, por tanto, mejorar la equidad y la cohesión social. Por otro lado, enfrentar las amenazas que suponen las epidemias de desinformación (fake newsfake issues y sensacionalismo, entre otras). Por el otro, comprender las implicaciones profundas de nuevas innovaciones tecnológicas (sistemas autónomos, edición genética y uso masivo de datos, entre otras) en un escenario de privatización creciente del conocimiento.

Palabras clave: percepción pública de la ciencia; Iberoamérica; públicos de la ciencia y la tecnología; actitudes


Percepção pública da ciência na Ibero-América. Evidências e desafios da agenda de curto prazo

Desde o início do novo século, o campo ibero-americano da percepção pública da ciência e tecnologia cresceu e se diversificou em várias direções. Nesta contribuição, revisamos o que aprendemos graças ao esforço de cooperação regional sustentado ao longo do tempo. Mostramos que a ciência tem prestígio e reputação, indícios de elevada autoridade social e cultural. Expomos, ainda, que os públicos da ciência e da tecnologia são múltiplos e diferenciados, com efeitos marcantes de estratificação social. Também mostramos que as atitudes em relação à ciência e à tecnologia compõem um mapa rico e complexo em nuances, no qual as avaliações positivas — indicadores de autoridade cultural — coexistem com críticas moderadas. E afirmamos que ambos os aspectos são necessários para uma correta gestão dos assuntos públicos e do desenvolvimento de una cultura da ciência na democracia. Dessas análises decorre que a agenda de curto prazo enfrenta desafios democráticos de natureza diversa. Por um lado, incluir à população desfavorecida que não usufrui dos bens culturais da ciência e tecnologia e, consequentemente, melhorar a equidade e a coesão social. Por outro lado, enfrentar as ameaças colocadas pelas epidemias de desinformação (fake newsfake issues e sensacionalismo, entre outras). E, além disso, compreender as implicações profundas de novas inovações tecnológicas (sistemas autônomos, edição genética e uso massivo de dados, entre outras) em um cenário de crescente privatização do conhecimento.

Palavras-chave: percepção pública da ciência; Ibero-América; públicos da ciência e da tecnologia; atitudes


Public Perception of Science in Ibero-America. Evidence and Challenges in the Short-Term Agenda

Since the beginning of the new century, the Ibero-American field of public perception of science and technology has grown and diversified in several directions. In this paper we examine what we have learned thanks to regional cooperation sustained through time. We show, on one hand, that science has prestige and reputation, signs of social authority and a higher cultural status. We also show that science and technology have multiple and differentiated audiences, in which the marked effects of social stratification can be seen. We highlight that attitudes towards science and technology shape a rich tapestry, complex in its nuances, in which positive valuations (indicators of cultural authority) coexist with moderate criticisms. And we hold that both issues are necessary for the correct management of these public affairs and the development of a culture of science in democracy. Based on this analysis, we propose that a short-term agenda faces diverse challenges to democracy. In first place, to include an underprivileged population that does not enjoy the cultural benefits of science and technology and, thereby, to improve social equality and cohesion. In second place, to face the threats implied by misinformation epidemics (fake news, fake issues and sensationalism, among others). In third place, to understand the profound implications of new technological innovations (autonomous systems, genetic editing and massive data usage, among others) in a scenario of increasing knowledge privatization.

Keywords: public perception of knowledge; Ibero-America; science and technology audiences; attitudes


Carmelo Polino: Centro de Estudios sobre Ciencia, Desarrollo y Educación Superior (Centro Redes), Unidad Asociada al CONICET. Correo electrónico: cpolino@ricyt.org.

Yurij Castelfranchi: Observatório InCiTe (Inovação, Cidadania, Tecnociência), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e INCT-CPCT (Instituto Nacional para a Comunicação Pública da C&T), Brasil. Correo electrónico: yurij@fafich.ufmg.br.


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