Mariano Fressoli y Valeria Arza

La ciencia abierta promete revolucionar la forma de producción de conocimiento científico. Instituciones científicas y organismos de financiamiento han comenzado a elaborar políticas de ciencia abierta. Sin embargo, las políticas se limitan a recomendaciones institucionales y en los países en desarrollo no se dispone de modelos que informen cómo construir buenas prácticas de apertura a nivel de laboratorio. Este trabajo analiza tres casos ejemplares de ciencia abierta en Argentina, caracterizando qué se abre, cómo se abre y quiénes participan de las prácticas de apertura. El análisis de los casos permite observar que a medida que los científicos comienzan a colaborar con actores fuera del laboratorio, entran en un terreno que desafía las normas y costumbres científicas formales. Por último, analizamos tentativamente este momento como un proceso de construcción de objetos fronterizos en el que se negocian conocimientos, herramientas y formas de comunicación con diversos actores por fuera del laboratorio. En las conclusiones se recomienda avanzar hacia la identificación y descripción de casos ejemplares que permitan sistematizar las experiencias y elaborar guías de buenas prácticas.

Palabras clave: ciencia abierta, políticas de ciencia y tecnología, países en desarrollo, objetos fronterizos

---

Negociando a abertura em ciência aberta. Una análise de casos exemplares na Argentina

A ciência aberta promete revolucionar a forma de produção de conhecimento científico. Instituições científicas e órgãos de financiamento começaram a elaborar políticas de ciência aberta. No entanto, as políticas são limitadas às recomendações institucionais e nos países em desenvolvimento não existem modelos que informem como construir boas práticas de abertura no âmbito do laboratório. Este trabalho analisa três casos exemplares de ciência aberta na Argentina, caracterizando que é aberto, como é aberto e quem são os que participam das práticas de abertura. A análise dos casos permite observar que à medida que os cientistas começam a colaborar com atores fora do laboratório, entram num terreno que desafia as normas e costumes científicos formais. Por fim, analisamos tentativamente este momento como um processo de construção de objetos fronteiriços no qual são negociados conhecimentos, ferramentas e formas de comunicação com diversos atores fora do laboratório. Nas conclusões, recomenda-se avançar para a identificação e descrição de casos exemplares que possibilitem sistematizar as experiências e elaborar guias de boas práticas.

Palavras-chave: ciência aberta, políticas de ciência e tecnologia, países em desenvolvimento, objetos fronteiriços

---

Negotiating Openness In Open Science. An Analysis Of Exemplary Cases In Argentina

Open science promises to revolutionize the way that scientific knowledge is produced. Scientific and financial institutions have begun to create open science policies. However, the policies are limited to institutional recommendations and developing countries do not have models with the information on how to build good openness practices at the laboratory level. This paper analyzes three exemplary open science cases in Argentina, characterizing what is open, how it is opened and who participates in the openness practices. The case analysis allows observation of how the scientists enter a domain that challenges formal scientific standards and customs, as they begin to collaborate with parties outside the laboratory. Finally, we tentatively analyze this moment as a construction process in aid of adjacent objectives, where knowledge, tools and ways of communication are negotiated with various parties external to the laboratory. We recommend moving forward with the identification and description of exemplary cases that allow the systematization of experiences and the creation of good practice guides.

Key words: open science, science and technology policies, developing countries, adjacent objectives

Este artículo está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.